Split Payment na reforma tributária e como isso afeta o caixa da sua empresa

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O split payment é um dos mecanismos mais relevantes da reforma tributária e promete impactar diretamente o caixa das empresas, especialmente aquelas que operam com margens apertadas, vendas parceladas, marketplaces, meios de pagamento digitais e grande volume de transações. 

Entender como esse modelo funciona e se preparar com antecedência será essencial para evitar desequilíbrios financeiros a partir da implementação das novas regras.

Neste artigo completo, você vai entender o que é o split payment na reforma tributária, como ele funciona na prática, quais impostos estarão envolvidos, por que ele afeta diretamente o fluxo de caixa das empresas e o que pode ser feito desde já para reduzir riscos e manter a saúde financeira do negócio.

O que é split payment na reforma tributária?

O split payment, ou pagamento fracionado, é um modelo em que o imposto é separado do valor da venda no momento do pagamento

Em vez de a empresa receber o valor total da venda e recolher o imposto posteriormente, o tributo é automaticamente direcionado ao governo no ato da transação.

Na prática, o cliente paga o valor integral da compra, mas:

  • Uma parte vai para a empresa

  • Outra parte vai diretamente para o Fisco

 

Esse modelo está alinhado aos objetivos da reforma tributária, que busca:

  • Reduzir a inadimplência tributária

  • Combater a sonegação

  • Aumentar a eficiência da arrecadação

  • Tornar o sistema mais transparente
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Por que o split payment foi incluído na reforma tributária?

A reforma tributária pretende substituir um sistema complexo e pouco eficiente por um modelo mais simples e rastreável. 

O split payment surge como uma ferramenta para garantir que os novos tributos sobre o consumo — IBS e CBS — sejam recolhidos de forma automática.

Hoje, muitas empresas:

  • Recebem o valor total da venda

  • Utilizam parte do imposto como capital de giro

  • Recolhem os tributos semanas ou meses depois

 

Com o split payment, essa lógica muda completamente, o que explica a grande preocupação do mercado com os impactos no caixa.

Quais impostos serão afetados pelo split payment?

O split payment estará diretamente ligado aos novos tributos criados pela reforma tributária:

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) – imposto federal

  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – imposto estadual e municipal

 

Esses dois tributos formam o chamado IVA Dual, que incide sobre o consumo e será cobrado de forma não cumulativa.

O split payment não se aplica a todos os tributos existentes hoje, mas será um elemento central na arrecadação do novo sistema.

Como o split payment funciona na prática?

Para entender os impactos no caixa, é importante visualizar o funcionamento do split payment em uma operação comum.

Imagine uma venda de R$ 1.000:

  • Valor do produto: R$ 1.000

  • Impostos (IBS + CBS): por exemplo, R$ 250

 

Com o split payment:

  • O cliente paga R$ 1.000

  • A empresa recebe R$ 750

  • R$ 250 vão direto para o governo

 

A empresa não tem acesso ao valor do imposto, nem temporariamente.

Esse modelo pode ser aplicado por meio de:

  • Instituições financeiras

  • Meios de pagamento

  • Operadoras de cartão

  • Marketplaces

  • Plataformas digitais

 

Tudo de forma automatizada.

Split payment e o impacto direto no caixa da empresa

Aqui está o ponto mais sensível. O split payment afeta diretamente o fluxo de caixa, pois elimina uma prática comum no mercado: usar o valor do imposto como capital de giro até a data do recolhimento.

Com o novo modelo:

  • O dinheiro disponível em caixa diminui

  • O ciclo financeiro fica mais curto

  • A empresa precisa de mais capital próprio

  • O planejamento financeiro se torna crítico

 

Empresas que não se prepararem podem enfrentar dificuldades para:

  • Pagar fornecedores

  • Honrar folha de pagamento

  • Manter estoques

  • Investir no crescimento

Quais empresas sentirão mais os efeitos do split payment?

Embora o split payment impacte praticamente todos os setores, alguns tendem a sentir mais fortemente os efeitos.

Empresas com margens apertadas: Negócios que operam com margens pequenas terão menos flexibilidade financeira, pois qualquer redução no caixa disponível pode comprometer a operação.

Empresas que vendem parcelado: Quem vende a prazo pode enfrentar um descompasso entre:

  • Saída imediata do imposto

  • Entrada futura do valor líquido da venda

 

Isso exige reforço de capital de giro.

Marketplaces e e-commerces: E-commerces, vendedores de marketplaces e negócios digitais tendem a ser fortemente impactados, pois:

  • Trabalham com alto volume de vendas

  • Usam intermediadores de pagamento

  • Já operam com repasses parcelados

 

O split payment pode reduzir significativamente o valor líquido recebido.

O split payment acaba com o uso do imposto como capital de giro?

Na prática, sim. Um dos principais efeitos do split payment é eliminar o uso indireto do imposto como fonte de capital de giro.

Isso força as empresas a:

  • Rever modelos financeiros

  • Ajustar preços

  • Renegociar prazos com fornecedores

  • Melhorar controle de custos

 

Empresas que hoje dependem desse “fôlego” financeiro precisarão se adaptar rapidamente.

Split payment e formação de preços

O split payment também impacta a formação de preços, pois muda a percepção do valor líquido da venda.

Agora, o empresário precisa:

  • Trabalhar com o valor já descontado do imposto

  • Reavaliar margens de lucro

  • Ajustar estratégias comerciais

 

Sem essa revisão, o risco é vender muito e ainda assim enfrentar problemas de caixa.

O planejamento financeiro e tributário nunca foi tão importante

Com o split payment, planejamento deixa de ser opcional. Ele passa a ser um fator de sobrevivência.

Um bom planejamento permite:

  • Reduzir impactos no caixa

  • Evitar surpresas financeiras

  • Manter a operação saudável

  • Tomar decisões estratégicas com dados reais

 

É nesse ponto que o apoio contábil faz toda a diferença.

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Conclusão

O split payment é um dos pilares mais sensíveis da reforma tributária, pois muda diretamente a dinâmica do caixa das empresas. Embora traga mais transparência e eficiência para o sistema tributário, ele exige adaptação, organização financeira e planejamento estratégico.

Empresas que ignorarem esse impacto podem enfrentar sérias dificuldades financeiras. Já aquelas que se prepararem com antecedência terão mais segurança e previsibilidade.

O Eu Contador está preparado para ajudar sua empresa a entender o split payment, avaliar os impactos da reforma tributária e estruturar um planejamento financeiro e tributário adequado à nova realidade.

Se você quer proteger o caixa da sua empresa e atravessar a reforma tributária com segurança, conte com o apoio de um contador especializado.

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Bruno Nascimento

Fundador e CEO da AJMED – Contabilidade Médica e euContador – Contabilidade Digital, tendo mais de 20 anos de experiência no mercado contábil. Possui mais de 3500 alunos, 250 CNPJs sob gestão e mais de 200 médicos em seu escritório. Possui a formação Academia de Contabilidade Médica, que forma centenas de alunos todos os anos.

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