Profissionais de engenharia muitas vezes se perguntam: “O que um engenheiro pode fazer para pagar menos impostos?”
Na maioria dos casos, essa pergunta surge diante de alíquotas que chegam a quase 30% do faturamento na pessoa física.
No entanto, a boa notícia, é que existem caminhos legais e estruturados para reduzir essa carga tributária, tanto atuando como pessoa física quanto adotando uma estrutura societária adequada.
Neste artigo, o Eu Contador, sua assessoria contábil especializada em profissionais da engenharia, apresenta de forma detalhada as principais estratégias, cálculos, regimes tributários e um passo a passo para que você, engenheiro, pague menos impostos de maneira segura e dentro da lei.
Impostos para engenheiros como pessoa física
Antes de explorar alternativas mais sofisticadas, é importante conhecer a situação tributária básica de quem presta serviços como autônomo.
O engenheiro autônomo deve preencher mensalmente o Carnê-Leão, e recolher o IRPF com base na tabela progressiva abaixo::
Base de cálculo mensal (R$) | Alíquota | Parcela a deduzir (R$) |
Até 2.259,20 | Isento | Isento |
De 2.259,21 até 2.826,65 | 7,50% | 169,44 |
De 2.826,66 até 3.751,05 | 15% | 381,44 |
De 3.751,06 até 4.664,68 | 22,50% | 662,66 |
Acima de 4.664,68 | 27,50% | 896,00 |
Além do IR, o ISS incide sobre o faturamento do engenheiro. As alíquotas podem variar de 2% a 5%, conforme o município. Em cidades como São Paulo, o ISS para profissionais da engenharia geralmente é de 5%.
Por isso, muitos profissionais perguntam: o que um engenheiro pode fazer para pagar menos impostos?
Impostos para engenheiros na pessoa jurídica
Atuar como pessoa jurídica (PJ) é uma decisão que permite acessar regimes tributários que simplificam obrigações e reduzem alíquotas.
Ao abrir um CNPJ, o engenheiro simplesmente abandona o carnê-leão e o ISS autônomo para recolher impostos de forma mais vantajosa.
Confira algumas vantagens fiscais em atuar como pessoa jurídica:
- Alíquotas reduzidas: No Simples Nacional, a alíquota inicial pode ser de apenas 6%;
- Distribuição de lucros isenta: Lucros distribuídos, ou seja, transferidos do CNPJ para a pessoa física, são isentos de IRPF;
- Emissão de notas fiscais: Acesso a contratos com empresas que exigem CNPJ.
Esse conjunto de benefícios responde à pergunta inicial: o que um engenheiro pode fazer para pagar menos impostos? A resposta mais contundente é: abrir um CNPJ e escolher o regime tributário adequado.
Simples Nacional para engenheiros
O Simples Nacional unifica tributos federais, estaduais e municipais em uma única guia.
Para engenheiros, a tributação depende do Fator R, que mede a relação entre a folha de pagamento (pró-labore e salários) e o faturamento bruto.
- Quando despesas com folha ≥ 28% do faturamento, o engenheiro enquadra-se no Anexo III, com alíquotas iniciais a partir de 6%.
Faixa | Receita em 12 meses (R$) | Alíquota (%) | Valor a deduzir (R$) |
1ª | Até 180.000,00 | 6,00 | — |
2ª | De 180.000,01 a 360.000,00 | 11,20 | 9.360,00 |
3ª | De 360.000,01 a 720.000,00 | 13,20 | 17.640,00 |
4ª | De 720.000,01 a 1.800.000,00 | 16,00 | 35.640,00 |
5ª | De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 | 21,00 | 125.640,00 |
6ª | De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 | 33,00 | 648.000,00 |
- Se folha < 28%, aplica-se o Anexo V, com alíquotas mais altas:
Faixa | Receita em 12 meses (R$) | Alíquota (%) | Valor a deduzir (R$) |
1ª | Até 180.000,00 | 15,50 | — |
2ª | De 180.000,01 a 360.000,00 | 18,00 | 4.500,00 |
3ª | De 360.000,01 a 720.000,00 | 19,50 | 9.900,00 |
4ª | De 720.000,01 a 1.800.000,00 | 20,50 | 17.100,00 |
5ª | De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 | 23,00 | 62.100,00 |
6ª | De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 | 30,50 | 540.000,00 |
Considerando o valor a deduzir, a alíquota efetiva máxima do Simples para engenheiros não ultrapassa 19,50%, resultado muito inferior a da pessoa física.
Lucro Presumido para engenheiros
Quando o Simples Nacional não é vantajoso para a realidade de determinado profissional, o Lucro Presumido é opção.
Neste regime, as alíquotas que incidem sobre o faturamento do engenheiro, são as seguintes:
- IRPJ: 4,8%;
- CSLL: 2,88%;
- PIS/COFINS:3,65%;
- ISS: de 2% a 5% conforme o município.
Carga total: Entre 11,33% (federal) + ISS até 5% = 16,33% no máximo.
Diante disso, temos mais uma vez, alíquotas que são bem inferiores, se comparadas com a tributação para engenheiros na pessoa física.
Passo a passo para abrir o CNPJ como engenheiro
Agora que você já sabe que o segredo da redução de impostos para engenheiros, está na abertura de um CNPJ, veja o passo a passo abaixo:
1.Contrate contabilidade especializada:: Escolha um escritório com experiência em profissionais de engenharia.
O Eu Contador oferece assessoria completa, desde a condução dos trâmites para abertura do seu CNPJ, até o planejamento para redução de impostos e a entrega de obrigações ao fisco, reduzindo os riscos de autuações.
2.Documentos necessários Por sua vez, logo após contratar um contador especializado, você precisará separar os documentos básicos para abertura do seu CNPJ, incluindo:
- RG e CPF;
- Comprovante de Residência;
- Registro no CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia.
3.Abertura do CNPJ: Por fim, basta aguardar alguns dias, enquanto a contabilidade cuida dos trâmites para abertura do seu CNPJ, o que inclui:
- Registro na Junta Comercial;
- Emissão do CNPJ;
- Emissão da Inscrição Municipal;
- Liberação do Alvará de Localização e Funcionamento.
Conclusão
A resposta para “o que um engenheiro pode fazer para pagar menos impostos?” está no planejamento tributário, na escolha do regime certo e na abertura de um CNPJ.
Na prática, enquanto pessoa física a carga tributária ultrapassa 30%, como PJ, você pode reduzir sua alíquota efetiva para menos de 15%, além de ganhar benefícios operacionais e de mercado.
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