Como abrir uma holding patrimonial

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Como abrir uma holding patrimonial

A holding patrimonial é uma das estratégias mais eficientes para quem busca proteger o patrimônio familiar, reduzir impostos e facilitar o processo de sucessão.

Embora seja um modelo empresarial cada vez mais comum, muitos ainda têm dúvidas sobre o que é, como funciona e quais são os passos necessários para abrir uma holding patrimonial corretamente.

Neste artigo, o Eu Contador explica como abrir uma holding patrimonial, quais são suas vantagens, os cuidados legais e contábeis envolvidos e por que contar com uma assessoria especializada é essencial para garantir segurança e economia.

O que é uma holding patrimonial

O termo “holding” vem do inglês “to hold”, que significa “segurar” ou “controlar”. Uma holding patrimonial é uma empresa criada para centralizar e administrar o patrimônio de pessoas físicas ou famílias, como imóveis, participações em outras empresas, investimentos e bens móveis.

Na prática, os bens deixam de estar em nome das pessoas e passam a pertencer à pessoa jurídica — a holding. Isso traz benefícios tributários, sucessórios e de proteção de patrimônio.

Existem dois tipos principais de holding:

  • Holding pura: tem como único objetivo administrar bens e participações;

  • Holding mista: além da gestão patrimonial, também exerce atividades operacionais, como locação de imóveis próprios.

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Por que criar uma holding patrimonial

A constituição de uma holding patrimonial oferece diversas vantagens, especialmente para famílias com mais de um imóvel, empresas ou investimentos. Entre os principais benefícios estão:

  • Proteção patrimonial: os bens ficam sob a pessoa jurídica, reduzindo riscos em casos de ações judiciais pessoais;

  • Facilidade na sucessão: evita inventários longos e caros, já que a herança pode ser repassada por meio de cotas da empresa;

  • Economia tributária: reduz a carga de impostos sobre aluguel, lucros e ganho de capital;

  • Organização patrimonial: permite melhor controle e divisão de bens entre os sócios ou herdeiros;

  • Planejamento familiar: garante que o patrimônio seja mantido e administrado de forma eficiente pelas próximas gerações.

Para aproveitar todos esses benefícios, é fundamental que a holding seja criada com planejamento jurídico, contábil e tributário adequado.

Passo a passo para abrir uma holding patrimonial

Abrir uma holding patrimonial exige atenção aos detalhes legais e estratégicos. Veja o passo a passo completo que o Eu Contador preparou para você:

1. Definir o objetivo e o tipo de holding

O primeiro passo é definir o objetivo da empresa: apenas administração de bens (holding pura) ou também a exploração de atividades econômicas, como locação (holding mista).

Essa definição é essencial, pois influencia na escolha do CNAE, na forma de tributação e no contrato social.

Exemplo:

  • Se o objetivo for apenas gestão de imóveis próprios, o CNAE pode ser 68.10-2-02 – Administração de bens próprios.

  • Caso também haja locação a terceiros, é preciso incluir CNAEs adicionais, como 68.10-2-01 – Compra e venda de imóveis próprios.

2. Escolher o regime jurídico e tributário

A holding pode ser constituída como:

  • Sociedade Limitada (LTDA): modelo mais comum, ideal para holdings familiares;

  • Sociedade Anônima (S/A): mais usada por grandes patrimônios e grupos empresariais.

Quanto à tributação, as opções mais usuais são:

  • Lucro Presumido: geralmente o mais vantajoso para quem obtém receitas de locação;

  • Lucro Real: indicado quando há despesas dedutíveis significativas;

  • Simples Nacional: raramente utilizado, pois a legislação restringe atividades de administração de bens.

Um contador especializado fará simulações para definir qual regime oferece menor carga tributária e mais segurança fiscal.

3. Levantar e avaliar o patrimônio

Antes de registrar a holding, é necessário levantar todos os bens que farão parte da empresa: imóveis, veículos, participações societárias, aplicações financeiras e outros ativos.

Nessa etapa, o contador e o advogado auxiliam na avaliação dos bens e no modo de transferência — que pode ser feita como integralização de capital social ou por meio de cessão.

Essa fase é crucial para garantir que a operação seja fiscalmente correta e que não haja ganho de capital tributável na transferência.

4. Elaborar o contrato social ou estatuto

O contrato social é o documento mais importante da holding patrimonial, pois define como o patrimônio será administrado. Ele deve incluir:

  • Identificação dos sócios e suas participações;

  • Bens integralizados como capital social;

  • Regras de administração e tomada de decisões;

  • Critérios para distribuição de lucros;

  • Cláusulas de proteção patrimonial e sucessória;

  • Regras sobre entrada e saída de sócios.

É essencial que o contrato seja elaborado com o apoio de profissionais contábeis e jurídicos, garantindo clareza e segurança jurídica.

5. Registrar a empresa nos órgãos competentes

Com o contrato social pronto, o próximo passo é registrar a holding na Junta Comercial do estado.

Após o registro, será emitido o CNPJ junto à Receita Federal. Em seguida, o contador deve:

  • Solicitar a inscrição municipal (se houver atividades de locação ou prestação de serviços);

  • Cadastrar o CNPJ nos sistemas da prefeitura para emissão de notas fiscais;

  • Realizar o enquadramento tributário conforme o regime escolhido.

6. Transferir os bens para o nome da holding

Depois que a empresa estiver formalmente aberta, é hora de transferir os bens para o nome dela.

Essa etapa pode envolver:

  • Escritura pública (para imóveis);

  • Registro em cartório de veículos;

  • Alteração contratual (para participações em outras empresas).

A transferência deve ser feita com base na avaliação dos bens integralizados, conforme valores reais de mercado.

7. Regularizar os aspectos fiscais e contábeis

Mesmo que a holding não exerça atividade comercial, ela precisa manter uma contabilidade regular, com balanços, declarações e recolhimento de impostos quando aplicável.

As principais obrigações são:

  • Entrega da ECD (Escrituração Contábil Digital);

  • Entrega da ECF (Escrituração Contábil Fiscal);

  • Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);

  • Pagamento de tributos sobre receitas de aluguel ou lucros distribuídos.

O Eu Contador, por exemplo, pode cuidar de toda essa rotina, garantindo conformidade com as exigências legais e evitando multas.

Cuidados importantes ao abrir uma holding patrimonial

Abrir uma holding patrimonial é um processo vantajoso, mas que exige atenção a detalhes técnicos e legais. Veja alguns cuidados fundamentais:

  • Evite transferir bens sem avaliação adequada: isso pode gerar tributação indevida;

  • Não utilize a holding apenas como “blindagem patrimonial”: o uso indevido pode ser interpretado como fraude fiscal;

  • Mantenha escrituração contábil atualizada, mesmo sem movimentação;

  • Respeite as regras de governança familiar, evitando conflitos entre herdeiros;

  • Faça revisões periódicas com o contador para garantir que o modelo continue vantajoso.

Uma holding mal estruturada pode causar mais prejuízos do que benefícios — por isso, planejamento é a chave do sucesso.

Vantagens de ter uma holding patrimonial

Além da proteção e da economia, a holding patrimonial traz uma série de vantagens práticas:

  • Redução de custos com inventário: a sucessão por cotas evita processos judiciais demorados;

  • Maior controle sobre o patrimônio: facilita a gestão e a distribuição de lucros;

  • Planejamento tributário eficiente: alíquotas mais baixas sobre aluguéis e ganhos de capital;

  • Proteção contra riscos pessoais: o patrimônio da empresa não é afetado por dívidas particulares;

  • Maior organização para futuras gerações: permite uma administração profissional e contínua.

O papel do contador na criação de uma holding

O contador tem um papel essencial na criação e manutenção da holding patrimonial. Ele é o responsável por:

  • Avaliar o melhor regime tributário;

  • Calcular o valor do capital social;

  • Elaborar o contrato social em conjunto com o advogado;

  • Fazer o registro da empresa e o enquadramento fiscal;

  • Manter a contabilidade regular e as obrigações acessórias em dia.

Com a ajuda de uma contabilidade especializada, o processo se torna rápido, seguro e estratégico, garantindo que a holding atenda aos objetivos do cliente com economia tributária e segurança jurídica.

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Conclusão

Abrir uma holding patrimonial é uma excelente estratégia para proteger bens, reduzir impostos e organizar o patrimônio familiar, desde que o processo seja realizado com planejamento e acompanhamento profissional.

Cada detalhe, desde a escolha do CNAE até a forma de integralização dos bens — impacta diretamente nos resultados e na segurança jurídica da operação.

Se você está pensando em criar uma holding ou quer entender qual o modelo mais vantajoso para o seu caso, o Eu Contador pode te ajudar.

Entre em contato com nossos especialistas e descubra como abrir sua holding patrimonial com tranquilidade, economia e o suporte completo de quem entende de gestão, contabilidade e planejamento sucessório.

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Bruno Nascimento

Fundador e CEO da AJMED – Contabilidade Médica e euContador – Contabilidade Digital, tendo mais de 20 anos de experiência no mercado contábil. Possui mais de 3500 alunos, 250 CNPJs sob gestão e mais de 200 médicos em seu escritório. Possui a formação Academia de Contabilidade Médica, que forma centenas de alunos todos os anos.

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