Primeiramente, se perguntarmos quais são as facilidades que as redes sociais novas trouxeram em termos de networking, proximidade entre empresas e candidatos, possibilidade de interagir e ganhar visibilidade para ampliar as oportunidades de emprego, a lista será enorme.
Mas pouca gente se preocupa com o uso das informações que estão ali, disponíveis para qualquer pessoa, inclusive os empregadores.
Mais do que procurar candidatos qualificados às oportunidades de carreira, as empresas estão se utilizando de ferramentas:
- de análise web e
- mineração de dados
Para rastrear as atividades dos:
- funcionários ou
- candidatos
De modo a “prevenir” a contratação e manutenção de profissionais que estejam em desacordo com a cultura organizacional.
Apesar de ser uma atividade permitida, até certo ponto de vista, pode ser prejudicial para ambos lados.
De um lado, o usuário
Como usuários de redes sociais, costumamos desabafar as frustrações,
- comentar em posts de amigos e colegas de trabalho,
- publicar fotos em festas,
- passeios e viagens, etc.
Mas pouco nos preocupamos com a privacidade destas informações.
Abertas para que qualquer pessoa possa ler, ver e até compartilhar informações pessoais podem se tornar verdadeiras armas contra você.
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Um exemplo clássico é que:
- a cada dia aumenta as demissões por justa causa motivadas por comentários depreciativos de funcionários em relação às empresas nas quais trabalham.
Segundo o TRT 15, falar mal da empresa na internet é:
- um ato lesivo à honra e
- um ato lesivo à boa fama contra o empregador,
Causando quebra da relação de confiança, o que justifica a demissão por justa causa.
Até mesmo uma curtida em um comentário de um colega pode se tornar motivo para que a empresa dispense o profissional.
De outro lado, a empresa
As redes sociais estão se tornando ferramentas extremamente úteis de recrutamento e seleção.
- Além de buscar candidatos que correspondam às exigências da empresa, o setor de recursos humanos pode entrar em contato por meio destas plataformas e até realizar entrevistas via videoconferências.
Entretanto, essa facilidade tem duas faces:
- A disponibilidade de informações pessoais dos candidatos leva muitas empresas a fazerem uma verdadeira investigação sobre os hábitos e comportamentos das pessoas, utilizando até mesmo ferramentas de mineração de dados para descobrir o máximo de informações sobre estes profissionais.
Uma atividade que parece:
- num primeiro momento, uma prevenção para a empresa, pode se tornar também um crime: invasão de privacidade.
Se as informações estão abertas e disponíveis, o candidato não pode reclamar de ter seus dados coletados na internet.
Mas se os dados estão disponibilizados de forma privada, como em grupos fechados, que são bastante utilizados por profissionais, a empresa pode ser acionada judicialmente também.
Como equilibrar essa relação
O usuário que é consciente e faz bom uso das redes sociais utiliza de forma sistemática as configurações de privacidade de cada plataforma.
- No Facebook, por exemplo, é possível segmentar os contatos em grupos e compartilhar somente aquilo que é de interesse de cada grupo, preservando as demais informações.
Da mesma forma, a empresa que conhece seus limites utiliza as redes sociais como um elemento a mais no processo de recrutamento e seleção, sem invadir o espaço particular de nenhum usuário.
- O importante é que ambos entendam a gravidade da exposição em demasia nestas plataformas e saibam gerenciar as informações de modo correto, prezando pela ética.
Assim como redes sociais não são o local adequado para lidar com as frustrações do trabalho:
- também não são instrumento de vigilância para que a empresa amplie seu poder de controle para além de suas paredes.
Tema polêmico, não é?
E você, o que pensa a este respeito?
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