Fiscalização do PIX: Receita Federal intensifica controle de transações e cartões

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Fiscalização do PIX: Receita Federal intensifica controle de transações e cartões

A fiscalização do PIX ganhou novo capítulo recentemente, após a Receita Federal anunciar medidas mais rigorosas para monitorar e registrar operações financeiras realizadas por pessoas físicas e jurídicas. 

O PIX, que se popularizou como meio de pagamento instantâneo e simples, agora está sob maior vigilância das autoridades fiscais, que pretendem coibir práticas como evasão de divisas e sonegação de impostos. 

As novas regras também afetam cartões de crédito e instituições de pagamento, sejam elas tradicionais ou digitais. Mas, afinal, o que exatamente mudou com essas medidas? Quem será obrigado a declarar? E como isso impacta os contribuintes em geral?

Neste artigo, vamos explicar em detalhes como funciona a fiscalização do PIX, o que muda com as novas normas, quais limites foram estabelecidos para pessoas físicas e jurídicas e como lidar com esse contexto de maior controle. 

Além disso, falaremos sobre a importância de manter a regularidade fiscal e como um contador pode ajudar a planejar e adequar suas operações diante dessas mudanças.

Por que a Receita Federal decidiu intensificar a fiscalização do PIX?

O PIX surgiu em novembro de 2020 como um sistema de pagamentos e transferências instantâneas, operando 24 horas por dia, 7 dias por semana. 

Rapidamente se tornou o meio preferencial de muitas pessoas e empresas, dada a praticidade e a gratuidade ou baixo custo de tarifas. 

Entretanto, a agilidade no fluxo de dinheiro também chamou a atenção da Receita Federal, que identificou nele a possibilidade de transações fora do radar tradicional, favorecendo práticas ilegais como lavagem de dinheiro, sonegação e evasão fiscal.

Frente a isso, a autoridade fiscal considerou necessário uniformizar as regras de reporte de dados, obrigando instituições de pagamento e operadoras de cartão a comunicarem ao Fisco movimentações que ultrapassem determinados limites mensais. 

O objetivo é criar um mecanismo de cruzamento de informações, para identificar se os rendimentos declarados pelos contribuintes batem com suas transações efetivamente realizadas. Em última análise, isso torna a fiscalização do PIX mais robusta, dificultando a ocultação de receitas e servindo como dissuasão para comportamentos fraudulentos.

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Quais são as novas regras de fiscalização do PIX?

De acordo com as mudanças anunciadas pela Receita Federal, transferências via PIX para pessoas físicas, em valor igual ou maior a R$ 5 mil precisam ser reportadas.

Por sua vez, para as pessoas jurídicas, o limite definido pelo fisco é de R$ 15 mil mensais.

Na prática, não se trata de proibir transações acima de R$ 5 mil, mas de criar uma obrigação de informar as movimentações. 

Dessa forma, a Receita poderá verificar se a renda declarada do contribuinte é coerente com o volume de dinheiro que circula nas suas contas.

Abrangência de instituições

Antes, bancos tradicionais e cooperativas de crédito já cumpriam a obrigação de informar movimentações elevadas. 

Agora, a fiscalização do PIX atinge também as instituições de pagamento em geral, incluindo bancos digitais, plataformas de pagamento e emissores de cartões que possuam movimentação no PIX. 

Dessa forma, praticamente todo o ecossistema de pagamentos no Brasil fica coberto pelas novas regras.

Prazo de envio de dados

Os primeiros dados referentes ao semestre inicial devem ser reportados até o último dia útil de agosto, e as informações do segundo semestre podem ser enviadas até o último dia útil de fevereiro do ano subsequente. 

Este cronograma faz parte do padrão de prestação de informações à Receita, permitindo que o órgão consolide e cruze dados de forma sistemática.

Como a Receita vai lidar com essas informações?

Com base nos relatórios fornecidos pelas instituições de pagamento, a Receita Federal consegue:

Cruzar dados com declarações de IRPF: Se uma pessoa física movimentou R$ 50 mil em vários meses, mas declarou apenas R$ 30 mil de renda no ano, pode ser apontada uma possível omissão de receita.

Comparar com o Carnê-Leão (para autônomos): Profissionais que recolhem via Carnê-Leão podem ser identificados se não estiverem incluindo todos os recebimentos, pois os valores transferidos pelo PIX devem estar na soma do faturamento informado.

Identificar padrões suspeitos: Movimentações entre contas de pessoas diferentes ou frequentes depósitos em horários atípicos ou de fontes não declaradas podem gerar investigação por lavagem de dinheiro ou sonegação.

Isso indica que, nos próximos meses e anos, a fiscalização do PIX deve se intensificar, e o contribuinte que não adequar suas declarações à realidade das transações financeiras corre risco de cair em malha fina, sofrer multas e até responder a processos.

Quais são os impactos para pessoas físicas?

Para as pessoas físicas, as principais mudanças são:

Maior atenção ao limite de R$ 5 mil: Se costuma movimentar acima disso no PIX mensalmente, esteja ciente de que suas transações serão informadas ao Fisco.

Necessidade de coerência na declaração: Tudo o que cair em suas contas via PIX deve corresponder aos rendimentos declarados, seja salário, honorários, lucros ou outras formas de receita.

Atenção para autônomos: Quem é autônomo e faz uso de PIX para receber pagamentos de clientes deve ficar ainda mais atento às regras do Carnê-Leão, integrando essas receitas à declaração.

Possível convênio com as operadoras de cartão: Se a pessoa faz uso do cartão de débito/crédito por maquininha ou em aplicativos, os dados de vendas também são informados. Somando-se essas vendas ao PIX, é fácil para o fisco constatar divergências.

O que muda para empresas?

Se a pessoa jurídica ultrapassar R$ 15 mil mensais em transações via PIX, as instituições de pagamento também devem reportar esses valores. 

Nesse caso, a empresa precisa ter um controle financeiro cuidadoso para garantir que as entradas e saídas registradas no extrato bancário coincidam com as notas fiscais emitidas, o Simples Nacional (se for o regime) ou outra forma de tributação.

Para empresas, a fiscalização do PIX pode gerar implicações em:

Comparação com o faturamento declarado: O Fisco verificará se o total de vendas registrado no sistema bancário confere com o DAS (no caso do Simples) ou com as apurações de IRPJ/CSLL (Lucro Presumido ou Real).

Gestão de fluxo de caixa: Empresas que dependem muito do PIX para receber de clientes devem manter planilhas ou um software de gestão que categorize cada entrada.

Transparência adicional: Se houver inconsistências, a empresa precisa apresentar justificativas (ex.: devoluções ou operações não-tributáveis), sob pena de multa.

Quais são os riscos de não adequar-se às novas regras?

A fiscalização do PIX intensifica a capacidade da Receita Federal de detectar omissões e incongruências. Os riscos incluem:

  • Malha fina e notificações: Receber intimações para explicar de onde veio determinado valor se não estiver declarado como rendimento.

 

  • Multas por omissão de receita: Normalmente, 75% sobre o valor do imposto que deixou de ser pago, podendo chegar a 150% em casos de fraude comprovada.

 

  • Criminalização: Em casos de dolo ou sonegação intencional, é possível abrir processo criminal de fraude fiscal.

 

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A importância de estar em dia com a fiscalização do PIX

A intensificação da fiscalização do PIX pela Receita Federal adiciona uma camada extra de cuidado para contribuintes que lidam com transações eletrônicas frequentes e de valor relevante. 

Profissionais autônomos e empresas devem ajustar suas rotinas de registro e declaração de rendas, garantindo que o fluxo de dinheiro via PIX e cartões seja devidamente declarado. 

Deixar de cumprir pode acarretar multas, perda de credibilidade e até sanções graves em casos de fraude ou sonegação comprovada.

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