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Fiscalização Orientadora para os comerciantes

Fiscalização Orientadora

O novo zoneamento deve trazer mais uma novidade para os comerciantes da cidade. A Câmara Municipal de São Paulo estuda aprovar, em segunda votação, uma emenda que estabelece novos prazos para a regularização de estabelecimentos comerciais sem licença de funcionamento, trazendo como novidade a Fiscalização Orientadora.

A alteração foi publicada no Diário Oficial no dia 20/02/2016, para que toda a cidade conheça o novo texto antes da segunda votação no legislativo, prevista para o próximo dia 25.

A proposta prevê que a primeira visita do agente vistor tenha “natureza exclusivamente orientadora“.

Ou seja, o profissional poderá somente notificar as irregularidades detectadas e orientar o comerciante sobre os procedimentos necessários à sua correção, sendo proibida a multa imediata. Estima-se que 92% dos estabelecimentos comerciais da cidade funcionem sem licença.

De acordo com a emenda do vereador Ricardo Nunes (PMDB), os prazos para regularização poderão ser ampliados de cinco para, no mínimo, 60 dias, após a fiscalização orientadora.

 

E caso constatado a continuidade de irregularidade?

Se constatada a continuidade de irregularidade após o prazo determinado, o comerciante será multado.

O tema também foi muito debatido pelo:

Para Antonio Carlos Pela, coordenador do CPU e vice-presidente da ACSP, de uma forma geral, o papel dos agentes fiscais é orientar e não punir.

“O zoneamento tem que avançar, e punir sem orientar significa retroceder”, diz.

A pedido do vereador Paulo Frange (PTB), relator do projeto, o Savim (Sindicato dos Agentes Vistores e Agentes de São Paulo) realizou alguns reparos na lei sobre fiscalização para o substitutivo.No entanto, para Claret Fortunato, presidente do Savim, a alteração formatada desse modo pode ser perigosa.

“Recebi essa notícia com surpresa. Na minha opinião, quem tem tendência a se desviar da lei vai encontrar uma brecha ainda maior”, diz.

Fizemos este conteúdo denso sobre comércio

Além de não concordar com a medida, Claret acredita que:

“Acho estranho lançarem leis sem saber o que está se passando tecnicamente”.

Entretanto, Claret também defende a ação orientadora.

“Falta informação, os comerciantes não fazem a menor ideia do que pode ou não ser feito, e de seus direitos e deveres”, diz. “Além disso, é preciso facilitar a obtenção de licenças e alvarás.

Somos a favor da agilidade para formalização. Mas, o que é estabelecido pela lei deve ser cumprido.”

Fonte: Diário do Comércio – SP
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