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FAP: Fator Acidentário Previdenciário: saiba o que é

Você sabe o que é FAP e como ele impacta diretamente a folha de pagamento da sua empresa?

Apesar de não ser o assunto mais comentado no dia a dia de muitos empreendedores, o FAP influencia o valor da contribuição previdenciária destinada a cobrir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. 

Neste artigo, você descobrirá o que é o FAP (Fator Acidentário Previdenciário), como funciona sua aplicação no dia a dia empresarial, as razões para monitorá-lo de perto e quais ações podem ajudar a diminuir a alíquota. 

Vamos entender como o FAP é calculado, as consequências de ter um FAP alto ou baixo e as estratégias para melhorar seu desempenho em relação à segurança do trabalho.

O que é FAP e por que ele existe?

De forma simplificada, o Fator Acidentário Previdenciário é um índice que incide sobre a alíquota do RAT (Risco Ambiental do Trabalho). 

O RAT é uma contribuição paga mensalmente pelas empresas ao INSS, variando de 1% a 3%, conforme o grau de risco da atividade econômica. O FAP, por sua vez, multiplica ou reduz essa alíquota, de acordo com o histórico de acidentalidade da empresa em comparação a outras do mesmo setor. 

Se a empresa registra poucos acidentes e adoecimentos ocupacionais, ela pode conquistar um FAP menor que 1, reduzindo a alíquota. Se, em contrapartida, tem um volume de incidentes acima da média, o FAP sobe, encarecendo a folha de pagamento.

A lógica do FAP é, portanto, recompensar (com redução de custo) quem investe em saúde e segurança do trabalho (SST) e punir (com aumento de alíquota) quem negligencia ou apresenta altos índices de acidentalidade. 

Assim, cria-se um incentivo econômico para que as empresas melhorem suas condições de trabalho, diminuindo a ocorrência de acidentes e doenças ligadas à ocupação.

Como o FAP é calculado?

O cálculo do FAP é realizado anualmente pela Previdência Social, com base nos registros de acidentes e benefícios acidentários concedidos em um período de dois anos anteriores. 

Três fatores são particularmente importantes nessa análise:

  1. Frequência: Quantidade de eventos acidentários ligados ao CNPJ, como acidentes ou doenças do trabalho que geram afastamento.
  2. Gravidade: Nível de impacto desses eventos (tempo de afastamento, sequelas ou até óbito).
  3. Custo: Quanto o INSS desembolsou em benefícios por conta desses casos.

Ao final, a Previdência compara o desempenho de cada empresa frente ao desempenho médio do seu setor (CNAE). 

Como consultar o FAP?

Os dados sobre o FAP são disponibilizados pela Previdência Social anualmente, geralmente no segundo semestre, no site oficial do eSocial ou em plataformas do e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte). 

Para acessar, a empresa precisa:

  1. Ter um certificado digital ou um código de acesso.
  2. Localizar a seção de “Consulta FAP”.
  3. Verificar a pontuação atribuída e os detalhes de frequência, gravidade e custo relativos aos acidentes registrados no período analisado.

É recomendável que o gestor contábil ou de RH monitore esse valor anualmente, de modo a planejar o orçamento do próximo ano. Além disso, se o FAP calculado parecer muito alto, é possível, em determinados prazos, apresentar contestação caso haja inconsistências.

Quais as vantagens de ter um FAP baixo?

Quando o FAP é inferior a 1, a empresa obtém uma redução na alíquota do RAT. Isso implica:

Ter um FAP baixo é fruto de políticas eficazes de SST, como treinamentos, aquisição de EPIs, adequação ergonômica, monitoramento de riscos e procedimentos de segurança bem elaborados.

O que acontece com empresas que possuem FAP alto?

Se o FAP for maior que 1, isso indica acidentalidade ou adoecimentos ocupacionais acima da média do setor. Além de elevar a alíquota do RAT, encarecendo a folha de pagamento, esse fator também expõe a empresa a:

Porém, é possível reverter esse quadro com a adoção de programas de melhoria contínua em segurança e saúde no trabalho, reduzindo o Fator Acidentário nos anos seguintes.

Conclusão: a importância de gerenciar o FAP e contar com assessoria especializada

O FAP é um coeficiente, que não só eleva ou reduz a alíquota de contribuição para o Seguro Acidente de Trabalho, mas também é um indicador do nível de cuidado que o negócio dedica à segurança e saúde do trabalhador. 

Um Fator Acidentário elevado implica custos adicionais na folha de pagamento e problemas de imagem perante o mercado e a fiscalização. Já um fator reduzido reflete boas práticas de SST e gera economia significativa em tributos.

É fundamental monitorar anualmente o FAP, e, sobretudo, implementar programas de prevenção de acidentes que melhorem o ambiente de trabalho e promovam a saúde ocupacional. 

Além disso, a ajuda de um escritório contábil especializado é determinante para:

Se você deseja gerenciar seu FAP de forma profissional, garantindo vantagens fiscais e maior segurança jurídica, conheça os serviços do Eu Contador. 

Nossa equipe especializada em contabilidade e obrigações previdenciárias pode apoiar o seu negócio na busca por uma alíquota mais justa e na implementação de boas práticas que, ao fim, contribuem para um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo.

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