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Qual a diferença entre custos fixos e variáveis?

Custos fixos e variáveis são conceitos fundamentais para entender a saúde financeira e a formação de preços em qualquer negócio, desde um pequeno comércio até uma grande indústria. 

Ao compreender a diferença entre custos fixos e variáveis, é possível traçar estratégias de gestão mais eficientes, definir margens de lucro adequadas e manter um controle mais assertivo das despesas. 

Ainda assim, muitos empresários e gestores não dão a devida atenção a essa classificação de custos, o que pode levar a erros de planejamento e à perda de competitividade.

Neste artigo, vamos apresentar de forma detalhada a diferença entre custos fixos e variáveis, suas principais características, como identificá-los na prática e a relevância de cada tipo de despesa para a formação de preços e o controle financeiro. 

O que são custos fixos?

No contexto da contabilidade gerencial e das finanças corporativas, entendemos por custos fixos aquelas despesas que se mantêm inalteradas mesmo quando há variação no volume de produção ou nas vendas da empresa. 

Eles ocorrem com certa constância, independentemente de a empresa produzir muito ou pouco, vender bastante ou quase nada.

Características dos custos fixos:

  1. Regularidade: Os custos fixos costumam ser pagos mensal ou periodicamente, sem grandes oscilações de valor.
  2. Independência do volume de atividade: Não importa quantas unidades de produtos sejam fabricadas, o valor do custo fixo permanece (ao menos no curto prazo).
  3. Dificuldade de redução imediata: Para diminuir custos fixos, a empresa, muitas vezes, precisa de ações drásticas, como mudar de endereço para reduzir aluguel, demitir equipes administrativas ou vender máquinas.

Exemplos de custos fixos:

O que são custos variáveis?

Custos fixos e variáveis se complementam na gestão financeira. Enquanto os fixos se mantêm estáveis, os custos variáveis flutuam conforme o volume de produção ou de vendas. 

Se a empresa decide produzir o dobro de unidades, os custos variáveis (como insumos e matérias-primas) dobram, em termos simplificados.

Características dos custos variáveis:

  1. Proporcionalidade: Quanto mais a empresa fabrica ou vende, maior é o custo variável. Se a produção cai, o custo variável tende a diminuir na mesma proporção.
  2. Facilidade de ajuste: Como são atrelados ao nível de atividade, fica mais fácil reduzir custos variáveis em períodos de baixa demanda (por exemplo, comprando menos matéria-prima).
  3. Impacto no custo unitário: Custos variáveis afetam diretamente a margem de contribuição (preço – custo variável), essencial para determinar a viabilidade de cada produto/serviço.

Exemplos de custos variáveis:

Por que é tão importante distinguir custos fixos e variáveis?

Saber qual a diferença entre custos fixos e variáveis e classificá-los adequadamente é essencial para diversas aplicações:

Formação de preço de venda: Se a empresa apenas somar todos os custos (fixos e variáveis) e dividir por X unidades, pode perder o detalhe de como cada item gera despesas. Conhecendo o custo variável por produto, define-se a margem de contribuição e o preço ideal.

Cálculo do ponto de equilíbrio: Ao somar os custos fixos e dividi-los pela margem de contribuição (preço – custo variável unitário), chega-se ao volume mínimo de vendas para cobrir todos os gastos.

Estratégia de expansão: Se os custos fixos forem muito altos, a empresa precisa de um volume significativo de vendas para diluí-los. Por outro lado, se a estrutura for mais enxuta, a expansão tende a ser mais flexível.

Decisões de produção: Em momentos de queda na demanda, reduzir a produção afeta apenas custos variáveis no curto prazo, pois os fixos permanecem.

Como a gestão de custos fixos e variáveis pode melhorar os lucros

Diluindo custos fixos: Se a empresa expande suas vendas, o custo fixo se dilui no volume maior de produtos, reduzindo o custo fixo por unidade. Assim, a margem de lucro unitário tende a subir, resultando em maior lucratividade global.

Otimização de processos: Ao isolar custos variáveis, é possível negociar com fornecedores, mudar processos produtivos ou melhorar a eficiência na aplicação de matéria-prima, reduzindo desperdícios e incrementando lucros.

Equilíbrio entre automação e mão de obra: Muitas empresas avaliam se vale mais a pena mecanizar atividades (aumentando custos fixos e reduzindo custos variáveis) ou manter mão de obra intensiva (menor custo fixo, mas custos variáveis altos). 

Dimensionamento de capacidade: Se os custos fixos são altos e a empresa não atinge um volume de vendas que dilua essas despesas, pode ocorrer prejuízo.

Conclusão: como custos fixos e variáveis podem transformar o desempenho do negócio

Entender qual a diferença entre custos fixos e variáveis não é apenas um conceito teórico, mas algo que  impacta todas as áreas do negócio, da precificação à gestão de risco. 

Custos fixos determinam quanto a empresa gasta para simplesmente existir, enquanto custos variáveis representam a despesa que cresce ou diminui conforme a atividade se intensifica ou reduz. Juntos, formam a base do ponto de equilíbrio e guiam as decisões sobre escala de produção e estrutura organizacional.

Tomar o controle desses custos possibilita às empresas aumentar a lucratividade, precificar produtos ou serviços de modo competitivo e organizar a equipe de forma sustentável. É um processo que requer disciplina e revisão constante, mas que traz recompensas claras em termos de melhor desempenho financeiro e capacidade de competição no mercado.

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